Para o Adm. Marco Freitas, o serviço público deve ter uma administração voltada para resultados (Foto: Kaio Espínola)

Com passagem e experiência de 20 anos por órgãos públicos como o Departamento Estadual de Trânsito de Sergipe (Detran/SE) e a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Sergipe (Codise), o Administrador Marco Antônio Pinho de Freitas é o novo presidente da Junta Comercial do Estado de Sergipe (Jucese). Devido a isso, Marco é o novo participante da série “Grandes ADMs”. Confira a entrevista na íntegra:

[CRA-SE] Com 20 anos de experiência em órgãos públicos, agora um novo desafio na Jucese. Como o senhor espera contribuir para a Junta?
[M.A.] Nestas duas décadas que venho caminhando pelos órgãos públicos do Estado, sempre atuei com a mentalidade que o serviço público precisa ter uma administração voltada para resultados. Então, sempre trabalhei pensando que estes órgãos devem ser tratados como empresas privadas. Creio que os gestores públicos, nos últimos anos, vêm seguindo uma linha de que temos que tratar a coisa pública com a maior seriedade, responsabilidade e zelo, tendo que atender melhor os nossos usuários, que são os nossos clientes e que dependem de um serviço público de qualidade. É isso que estou trazendo para a Junta Comercial.
[CRA-SE] O senhor é Administrador, assim como o último presidente da Jucese. Por que é importante manter uma pessoa da área à frente da Jucese?
[M.A.] Com minha formação e minha experiente em Administração em várias instituições públicas, sei da importância de se ter um administrador à frente de um órgão público. Temos uma visão ampliada, de como gerir um negócio. Como já disse, encaro a administração pública como o mesmo pensamento do privado. Colocamos todas as noções e conceitos adquiridos na teoria em prática, a exemplo do planejamento, execução, fiscalização e controle. Com propriedade, traçamos estratégias, acompanhamos a execução do que foi planejado e posteriormente fazendo ajustes se necessários.
[CRA-SE] Pretende manter a parceria que existe entre a Jucese e o CRA-SE? Como se aplica na prática?
[M.A.] Sem dúvidas, a Jucese tem interesse sim de manter o Conselho de Administração como parceiro e, até mesmo, ampliar essa aliança, acatando propostas, pedidos da entidade, na medida do possível. Como é de conhecimento de toda a classe, a Jucese possui em seu Colégio de Vogais dois representantes do CRA, o Diego da Costa, vogal titular, e o Sidney Vasconcelos, vogal suplente, que tenho certeza que contribuem muito, com opiniões, sugestões, para a tomada de decisões administrativas da Junta Comercial e decisões que influenciam no andamento e na evolução do registro mercantil em nosso Estado.
[CRA-SE] Por que é importante desburocratizar a abertura de empresas? Como espera que isso se aplique em 2019?
[M.A.] Nossa principal ação na Jucese, neste momento, é o trabalho de desburocratização da abertura de empresas, por meio do Portal de Serviços Agiliza Sergipe. Com a unificação dos órgãos públicos envolvidos no registro e licenciamento de empresas num espaço único, virtual e seguro, atingimos uma maior velocidade na abertura de empresas em nosso Estado. Para se ter uma ideia da importância do Agiliza Sergipe, neste mês de janeiro, integramos também no portal a Adema, importante órgão ambiental, permitindo hoje que 61 atividades econômicas de baixo risco ambiental não precisem mais esperar 60 dias e pagar uma taxa de R$ 206,85 para obter a Dispensa de Licenciamento Ambiental. Foi um passo importantíssimo dado pela Jucese juntamente com a Adema, nosso órgão parceiro, para simplificar absurdamente a abertura de novos negócios. Mas, claro, não adianta apenas avançar na unificação dos órgãos. É necessário manter tudo isso. Em 2019, queremos, justamente, concluir as integrações pendentes, a exemplo de 15 pequenos municípios sergipanos e da Secretaria de Meio Ambiente de Aracaju, e alinhar tudo isso, pensando no bom funcionamento e na qualidade da prestação serviços aos usuários.