No próximo domingo, 14, começa temporada final de uma das séries mais aclamadas de todos os tempos: Game of Thrones. A saga pelo trono de ferro criada pelo escritor George R.R. Martin conquistou fãs pelo mundo inteiro e a sua versão televisiva arrebatou 38 troféus Emmys, premiação mais importante da TV.
A série foi lançada pela HBO em 2011 vem impressionando pela narrativa e roteiro espetaculares. A cada temporada, por exemplo, um personagem querido morre ou sofre situações surpreendentes que faz o público perder o ar com tanta emoção.
Mas Game of Thrones consegue ir além do entretenimento. Para o coach e diretor de Desenvolvimento Institucional do Conselho Federal de Administração (CFA), Diego da Costa, os personagens da série têm muito a ensinar sobre comportamentos e habilidades profissionais que são exigidas no mundo corporativo. Confira, abaixo, quatro dessas características principais que, segundo Diego, são essenciais para quem desejar crescer na carreira.
Atenção! Contém spoilers!
Resiliência
Game of Thrones (GoT) é uma série que não poupa nenhum personagem. Até os mais queridos do público sofreram duras provações e outros, inclusive, morreram de forma brutal. A primeira temporada termina com uma das cenas mais emblemáticas: a morte de Ned Stark. Desde então, a família Stark passou por maus bocados. As mortes de Robb Stark e de Catelyn Stark no memorável episódio do casamento vermelho pegaram o público de surpresa. O restante da família ficou espalhada por Westeros vivendo situações extremamente degradantes.
Sansa Stark foi agredida, torturada e estuprada em uma das cenas mais marcantes da série. Sua irmã, Arya Stark, viu a morte do pai, Ned, e desde então trilhou uma jornada solitária, cheia de desafios e superação de limites. Segundo Diego, as duas têm muito a ensinar sobre resiliência. “Ambas atravessam muitas adversidades. Elas se moldaram a cada situação vivida, caíram e levantaram diversas vezes”, diz.
No mundo corporativo, essa resistência é cobrada em vários momentos. Os profissionais com esta característica são capazes de enfrentar os desafios sem perder o equilíbrio emocional. “A flexibilidade característica dos resilientes faz toda a diferença, pois ele consegue administrar melhor as adversidades apresentando, inclusive, soluções para a crise”, explica o coach.
Liderança
Jon Snow e Daenerys Targaryen são os dois exemplos mais emblemáticos de liderança presente em Game of Thrones. Jon é o filho bastardo da família Stark – pelo menos até Bran Stark, em uma de suas visões como Corvo de Três Olhos, revelar o maior segredo da série. Na Patrulha da Noite, ele não hesita em trabalhar e lutar junto da sua equipe. “A palavra ensina, mas o exemplo arrasta, já diz o ditado. Se o líder trabalha duro, seus liderados vão fazer o mesmo. E Jon é a prova disso quando ele consegue, inclusive, o apoio dos selvagens”, ensina Diego.
Daenerys, por sua vez, é uma mulher forte que se destaca em uma sociedade liderada por maioria masculina. Enquanto tenta voltar para Westeros e tomar o trono de ferro, ela fez muitas alianças, foi traída, ferida e abandonada. Quando ela liberta os imaculados da escravidão, a mãe dos dragões conquista a lealdade de um poderoso exército. Ela encoraja e interage com seus liderados. Para Diego, no mundo corporativo os líderes como Daenerys “precisam dar autonomia para que sua equipe desenvolva. O líder acompanha para direcionar e ajudar na busca pelos melhores resultados”.
Estratégia
O que não falta em GoT são estrategistas. Aliás, a trama gira em torno da ambição em ascender ao trono de ferro e, nessa guerra para definir quem é ou não rei/rainha de Westeros, várias lições de estratégias são observadas. Um dos exemplos é Petyr Baelish, o Mindinho. Ele não pertence a nenhuma família importante da série, mas a sua ambição por poder o levou a fazer e desfazer alianças, algumas até questionáveis. Seu plano termina, contudo, quando ele tenta criar intrigas entre as irmãs Stark. Apesar da falha, Diego explica que ele foi exímio estrategista. “Petyr não está na disputa pelo trono e, por isso, ele consegue enxergar a crise de forma racional e objetiva”, avalia.
Um dos vilões de GoT, o Rei da Noite, também usa da estratégia para alcançar seu objetivo. Aliás, a meta do líder dos caminhantes brancos ainda é controversa e cheia de teorias. “O fato é que ele consegue reunir um exército tão poderoso que consegue atravessar a Muralha”, avalia Diego, ressaltando que líderes estrategistas são analíticos, inteligentes e sabem encontrar oportunidades na crise.
Lealdade
Impossível falar de lealdade sem mencionar o nome de Brienne de Tarth. Ela é uma mulher fora do padrão – alta, forte e exímia lutadora – e, por isso, enfrenta muita resistência. Ela começa a trama jurando lealdade ao rei Renly Baratheon. Depois ela promete a Catelyn Stark que iria salvar a vida de suas filhas. Depois ela recebe a missão de acompanhar o retorno de Jaime Lannister a Porto Real e, uma vez cumprido o dever, ela retoma as buscas pelas filhas Stark. Durante toda série, Brienne demonstra confiança e lealdade às pessoas com as quais se comprometeu e, não por acaso, ganha de presente uma espada de aço valiriano com o nome de “Cumpridora de Promessas”.
De acordo com Diego, lealdade é uma virtude muito rara e necessária no mundo corporativo. “Ser leal é ser verdadeiro consigo mesmo e com os outros. Infelizmente, impulsionados pela ambição, muitos profissionais deixam a lealdade de lado”, conta.
Assim como Brienne, o profissional que quer desenvolver esta habilidade pode começar com atitudes simples como evitar falar mal de colegas, honrar compromissos assumidos e defender o colega e a instituição de comentários maldosos. “Em outras palavras, é vestir a camisa da equipe e ser leal aos princípios”, finalizou.
Serviço
Game of Thrones – Temporada Final
Estreia mundial: 14 de abril de 2019, às 22h
Canal: HBO
Ana Graciele Gonçalves
Assessoria de Comunicação CFA